Réveillon em Sana







Hey gente, meu nome é Ramilee, sou nova na equipe Viajar e Mochilar e hoje venho contar pra vocês a minha experiência na virada do ano em Sana – Macaé/RJ.



Eu e meu namorado, Danilo, sempre sonhávamos em conhecer Sana, até que um dia tivemos a ideia de passar a virada de ano lá. Começamos a pesquisar contatos de Campings na internet e com amigos, vimos fotos dos locais, valores e as localizações, até que nos deparamos com o Camping Jamaica. Não conseguimos muitas fotos, mas já ficamos interessados pelas que vimos. Quando nos responderam foram um dos mais baratos também. E foi o que escolhemos! Fizemos a reserva para os dias 30 de dezembro a 02 de janeiro.



Camping Jamaica 



Informações relevantes sobre o Camping:


Havia cozinha e geladeira comunitárias (só não podia colocar bebida alcoólica), chuveiro com água quente; a localização do Camping é acima da rua principal do Arraial do Sana. Não tem wifi devido a política do camping de ser um local para sossego e paz e, é necessário depositar 50% do valor total para fazer a reserva. O preço é individual e nós pagamos R$ 90,00 cada, em quatro dias e três noites, lembrando que é um preço muito camarada por ser alta temporada.


Detalhes do camping Jamaica





Cozinha peculiar do camping Jamaica

• Dia 30 de dezembro de 2016:

Fomos de carona de Nova Friburgo até Sana, o que deu mais ou menos uma hora e meia, chegamos no Arraial de Sana umas 11:30 e rapidamente localizamos o acampamento (que é de muito fácil o acesso), fica em uma rua sem saída. Ele é bem isolado, o que permite sossego total. Quando entramos, já começamos a ouvir um reggae (ahhhhh, e para quem ama, como nós amamos, fica tocando reggae o dia todo). Fomos muito bem recebidos pela administradora. Já acertamos na entrada os outros 50% do valor que restavam e recebemos uma pulseirinha para identificação.

Uma curiosidade muito legal é que em cima do "Jamaica" mora Jorge Makandal que é um ser de luz de grande influência para a cultura Rastafári. Pelo que ouvimos lá ele é responsável pela introdução espiritual do Helio Bentes (vocalista da famosa banda de reggae: Ponto de Equilíbrio).



Subimos e escolhemos um lugarzinho para colocar nossa barraca de forma que ficasse bem reservado das outras. Escolhemos um “deck” que só cabia a nossa e, ficamos em baixo de uma Mangueira, mas não tivemos problemas com as mangas que caíram.



Como já estávamos com fome, fomos para rua principal em uma padaria em frente ao ArtCafé Camping que tinha coisas maravilhosas vendendo. Comemos salgado barato e delicioso! Seguimos caminhando depois pela rua, conhecendo o local e “papo vem papo vai” ficamos sabendo de um forrózinho que ia rolar a noite. Gente, os nativos de Sana gostam muito de um forrózinho!


A noite é agradável, nada de tumulto, mesmo tendo bastante gente por ser final de ano. Jogamos sinuca com três amigos que conhecemos do camping mesmo, ouvimos um bom forró pra dançar coladinho e depois fomos dormir porque estávamos mortos de cansaço.


• Dia 31 de dezembro de 2016:

Nosso último dia do ano, acordamos bem cedinho e começamos a trilha para as cachoeiras. As quedas principais ficam em uma trilha única, entretanto, cada uma fica localizada em uma parte da trilha.



Trilha para as cachoeiras


Quando a trilha começa há um monitoramento para saber quantas pessoas passam por ali todos os dias, uma forma de controle e organização, pois as cachoeiras ficam em propriedade privada do Sítio Bambu. Seguindo caminhando você passa por um restaurante e lanchonete, além de passar também por hippies vendendo suas artes. A primeira cachoeira é a do Escorrega, ela é bem rapidinha e é um local onde as pedras formaram um escorrega muito divertido, lugar ideal para as crianças.

Cachoeira do escorrega


Muitas pessoas sobem para as outras cachoeiras a partir dali pelo rio acima, mas preferimos voltar pela trilha mesmo (o que foi bem melhor, pois a subida por dentro é bem perigosa).


Subimos um bocado (coisa de meia hora de subida moderada) até encontrarmos a placa dizendo para entrar nas cachoeiras: Sete Quedas, Cachoeiras Mãe, Pai e Filho. Infelizmente, entramos e não nos demos conta que não vimos a Cachoeira Sete Quedas, que ficava um pouco acima, o que é um grande arrependimento, pois diziam ser a mais linda. A vista é maravilhosa, seguimos descendo a partir dali pelas pedras mesmo, é tranquilo descer e tinha uns guias do sítio ajudando a monitorar.



Cachoeira Mãe



Para os corajosos existe a possibilidade de descer por dentro das cachoeiras até voltar para a do Escorrega, entretanto tem lugares (bem altos) que você pode pular e escorregar. Fomos pela trilha de dentro mesmo, onde você pode entrar em algumas partes das cachoeiras com vistas privilegiadas. O local é maravilhoso! Eu fiquei encantada, parece que a magia da natureza corre por aquele lugar. Se você está procurando um local que te deixe renovado e apaixonado, eu indico Sana com todas as letras. É realmente encantador.


Ficamos nas cachoeiras praticamente o dia todo, mas soubemos de um circo a céu aberto que aconteceria no Criasana as 19h e fomos quando descemos da cachoeira. Foi super divertido, rimos muito sentados no chão e vendo o dia escurecer pouco a pouco. 

Dentro do Criasana (imagem de Rodrigo Alves da Silva) 






Artesanatos e Filtro dos Sonhos dos Artesãos de Sana (imagem de Rodrigo Alves da Silva)



Saímos de lá e corremos para tomar banho e voltar logo para rua, afinal, era dia de virada do ano e bandas iriam se apresentar lá no mesmo local para comemorar.

Dica: Na virada do ano tudo ficou caro pelas ruas. Ou seja, comprem o que quiserem antes ou estejam preparados. Exemplo: um cachorro quente antes era cinco reais e a noite estava nove reais.


A virada é muito animada, ficam todos no Criasana e entorno. Os barzinhos na rua principal oferecem shows específicos, seja reggae, rock, entre outros. Estava até rolando uma rave pra quem curte música eletrônica.



Você não vai ouvir fogos na virada de ano novo. Em Sana não soltam devido a prevenção e preservação da natureza. O que achei muito diferente, único e muito respeitador. Passamos cantando, dançando e curtindo ao show de bandas nativas e com pessoas maravilhosas que por lá encontramos.


• Dia 01 de janeiro de 2017:

Acordamos tarde no primeiro dia do ano devido a noite anterior e fomos para a área verde do camping relaxar. Eu e meu namorado estávamos aprendendo a fazer dread, então ficamos lá mexendo e fazendo a manutenção dos meus seis dreads.




Espaço verde do Camping Jamaica 



Quando bateu a fome fomos pra cozinha e fizemos um almoço reforçado, depois pegamos nossas coisas e fomos para a cachoeira.


Subimos a mesma trilha do dia anterior, mas entramos mais ou menos no meio dela e achamos um pocinho, no qual ficamos sentados na água, nos refrescando. Foi um ótimo lugar para relaxar, meditar e ter contato com a natureza.

Depois disso, descemos pela cachoeira, conversamos um pouco com um outro grupo de viajantes que encontramos e ficamos na cachoeira do escorrega. Achamos um cantinho e terminamos de fazer a manutenção dos meus dreads. Ali é um lugar mais familiar e tinha muitas crianças. Foi um dia mais tranquilo, muitas pessoas já tinham ido embora e foi ficando cada vez mais vazio.

Pela noite fomos novamente ver o circo, era um outro elenco e foi bem divertido também. Estávamos no Criasana e começou uma banda, e adivinhem? De forró! Estávamos cantando e dançando quando olhei para os meus pés, estavam formigando e inchados. Achei muito estranho e fiquei preocupada. Fomos em uma farmácia e compramos um antialérgico que sou acostumada a tomar, sendo assim, fiquei mais tranquila. Comemos um hambúrguer bem gostoso perto do camping (pois os preços já tinham voltado ao normal) e depois voltamos para ver se eu melhorava.


• Dia 02 de janeiro de 2017:

Acordei ainda inchada e estava bem preocupada, então meu namorado me levou até um posto de saúde em Sana. Quando chegamos estava lotado, não sabíamos, mas estava ocorrendo um “surto” na cidade. Não sabemos o que aconteceu ao certo, mas muitas pessoas passaram mal e tiveram dores intestinais. Foi a primeira vez que isso aconteceu lá, como disseram no posto de saúde. Meu caso foi diferente, um médico muito cuidadoso me atendeu e me diagnosticou com quadro alérgico. Sendo assim, fui medicada devidamente ali mesmo no posto. Saímos dali e lanchamos numa padaria ao lado.

Ahhhhh, o dia de ir embora é sempre sofrido. Deixamos mais ou menos nossas coisas arrumadas e fizemos nosso almoço. Infelizmente ainda estava com dor nas pernas e preferimos ir embora mais cedo.

Fomos até a entrada da Barra de Sana de ônibus que era de uma em uma hora, mas é sempre bom perguntar para algum morador que eles informam direitinho! E o pai do meu namorado nos buscou lá para voltarmos para casa.

Muitos dizem que quando tem um imprevisto ruim acaba estragando a viagem toda, mas comigo não foi assim. Ir a Sana foi incrível e eu nunca vou esquecer daquele lugar mágico! Só quem foi sabe, e quem não foi deveria ir.



Informações importantes:

• Vale lembrar que fomos nessa viagem no início do ano de 2017 e hoje em dia o camping Jamaica não está mais nas mãos do mesmo dono, ou seja, as regras do camping podem estar sob outras diretrizes das que mencionamos.



• No sana, sinal de celular é ruim e o que melhor funciona é o da operadora OI.



• Nossa viagem foi bem programada. Fizemos uma lista e compramos toda a comida que iriamos precisar. Então não tivemos grandes gastos. É sempre importante planejar.

• Em qualquer viagem que forem fazer se preocupem com segurança, saúde, alimentação, hidratação (principalmente se forem no verão, pois faz muito calor), levar sempre proteção contra mosquitos, arrumar um lugar para montar a barraca que seja seguro e evitar umidade abaixo da mesma (uma dica é usar lona por baixo da barraca e/ou colocar jornal onde for deitar lá dentro, mas nunca deixando de usar isolante térmico). Evite imprevistos.

• É válido mencionar que quando fomos nas cachoeiras do Sana ainda não cobravam para entrar, mas esse ano de 2017 já estão cobrando a entrada. Você paga 10 reais e ganha uma pulseirinha para entrar e sair de lá, pode ficar o dia todo.


Em relação a distância eu tirei print do Google Maps para ajudar a entender como chegar em Sana de alguns lugares (percursos feitos de carro):



1. Esse foi o percurso que fizemos de carro, é a distância entre Nova Friburgo, RJ X Sana, Macaé – RJ


2. Essa é a distância de carro entre Casimiro de Abreu, RJ X Sana, Macaé – RJ


3. Essa é a distância entre Rio de Janeiro X Sana, Macaé – RJ



Bom, essa foi a matéria sobre Sana situada em Macaé/RJ, um lugar que encanta a todos que conhecem! Espero que tenham gostado e acima de tudo que tenham ficado vontade de visitar esse local de muita luz!




Eu e meu namorado na entrada do camping Jamaica



Até a próxima, meus caros viajantes! Beijos de luzzzz








Matéria escrita por Ramilee Almeida.

Viajar e Mochilar

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