Ilha Grande: Paraíso natural


   
      
     Como descrever esse lugar com as palavras certas? Fabuloso, fantástico, maravilhoso... essas não são suficientes para definir a majestosa Ilha Grande. Que vibe, que energia, que onipotência. Berço natural e histórico, que atrai turistas do Brasil e do mundo. E quando digo ‘mundo’, realmente quero dizer,
de todo o mundo, pois a diversidade de culturas  surpreende. Alemães, grupos de amigos polinésios, algo realmente admirador.
     Minha viagem foi proporcionada pela agencia de turismo e lazer, Onzesports, que nos presentearam com um fim de semana fantástico. Obviamente dois dias não são o suficiente para conhecermos todas as 133 praias presentes e toda a extensão de mais de 30 km de natureza, mas foi o essencial para termos experiências inesquecíveis.
     Já havíamos pegado a escuna no porto de Conceição de Jacareí em Mangaratiba. Na escuna por volta de 45 pessoas, todas elas desconhecidas por mim, mas todas com um ar de aventura, muita animação e energia positiva, e em menos de cinco minutos todos nós naquele barco viramos amigos. Do porto de Conceição até a Ilha Grande, o percurso é de 23,5 km e o tempo de viagem é de aproximadamente 1h30mi

- Praia do Pouso / Lopes Mendes -


    Nossa primeira parada do dia foi na praia do pouso, por onde iniciamos uma trilha leve, a T11, com 1 km de percurso para atravessar, um morro e chegar a Lopes Mendes, do outro lado da ilha, em cerca de 20 a 30 minutos.
     Dotada de águas calmas e extremamente cristalinas, não houve alternativa a não ser nos esbanjar daquele mar maravilhoso assim que aportamos o barco na praia. Uma refrescada de leve, antes de pegarmos a trilha mata adentro. Trilha esta que nos recebeu com surpresas ao longo do caminho, como a presença dos macacos bugios, espécie local, e de pequenos esquilos que nos acompanhavam. Era a vida selvagem interagindo conosco e nos aceitando com carinho em sua magnífica casa.


Macacos Búgios - Fonte: Youtube.


Lopes Mendes

Praia do Pouso
Praia do Pouso
     Ao chegar a Lopes Mendes, você simplesmente entra em êxtase. Pelo menos foi o que eu senti, não tinha palavras para descrever aquela paisagem paradisíaca, simplesmente não pensava em nada, a não ser contemplar e agradecer por estar naquele lugar. Lopes Mendes é a praia mais visada pelos turistas, mais de 3 km de extensão, com a areia branquíssima, fina e muito firme. Suas águas, límpidas e cristalinas, e, além disso, compostas por tonalidades variadas. Praia excelente para a prática do surf, com uma ondulação bem propicia, obviamente um dos melhores picos para cair com sua quilha. Além disso, para descansarmos ainda há uma vasta área cheias de amendoeiras, arrebatadas de sombras frescas e brisas refrescantes, ótimo para tirar aquele cochilo pós surfe.
     Ficamos um bom tempo em Lopes Mendes, três ou quatro horas, curtindo aquele paraíso. Mas já era hora de retornar para a praia do pouso, pois havia um churrasco de primeira nos aguardando no barco, além de uma variedade de frutas frescas a disposição. Logo após retornarmos ao barco, fomos para nosso próximo destino, Freguesia de Santana. 

Freguesia de Santana -




      
     O mais interessante desse lugar, além da paisagem, é a historia que a cerca, pois foi aqui onde se iniciou o povoamento da Ilha Grande. Muito habitada no passado, e hoje com apenas 50 moradores, Freguesia foi um ponto de desenvolvimento agrícola, possuindo grandes lavouras de café, cereais e legumes.  Composta por quatro praias: Praia da Freguesia, Praia da Freguesia Sul, Praia da Baleia e Praia da Grumixama (nós visitamos apenas a Praia da Freguesia Sul). Freguesia foi um lugar que me encantou de verdade, pois  me senti conjunto a seu passado, sentia realmente que aquele lugar era rico tanto naturalmente como historicamente. Infelizmente não tivemos o privilégio de conhecer a secular Igreja de Santana, pois estava fechada. Construída em 1843 é um dos monumentos remanescentes que simbolizam a antiga grandeza e prosperidade da vila, além de ser o mais importante monumento religioso da Ilha Grande.
     Mas, para nosso grupo não existe tempo ruim, aproveitamos o dia da nossa forma, a Onze Sports havia disponibilizado um saco cheio de máscaras de Snorkel. Não deu outra, logo toda a galera já estava mergulhando e se misturando com toda aquela vida marinha, peixes de todas as cores, formatos e tamanhos, além é claro das lindas tartarugas marinhas, mas essas, poucos tiveram o privilégio de ver. Também passamos um bom tempo remando com as Pranchas de Stand Up, nos vislumbrando com todo aquele visual. Mas logo seria hora de partir, hora de arrumar nosso cantinho para dormir.

- Praia de Araçatiba -



     De Freguesia de Santana até a Praia de Araçatiba foi uma viagem bem longa, não sei estimar exatamente o tempo, ou a distancia, mas realmente foi bem demorado.
     No dia seguinte, estávamos prontos para novas aventuras, e esse dia nos reservava grandes surpresas. Tomamos um café da manhã reforçado e fomos para o barco. Neste domingo o calor estava de rachar, então antes de zarparmos para o nosso destino, aproveitamos para pular na Praia de Araçatiba, foi bom ate para pegar um souvenir que estava me esperando no fundo daquele mar.
    Depois de aproveitarmos aquele mar e tirarmos muitas fotos, hora de zarpar para o próximo destino.

- Gruta do Acaiá - 

     

     Esse foi o ponto onde praticamente me rendi a natureza, como não se apaixonar pela Gruta do Acaiá? Que lugar fantástico. Por volta de oito metros, abaixo do nível do mar, existe uma fenda na costeira de Acaiá, por onde a água do mar adentra. A luz solar externa que reflete em meio a água, produz um efeito fluorescente magnífico.

    Para chegar a Gruta, precisamos fazer uma pequena trilha, passando em meio a algumas casas abandonadas. Como não somos mergulhadores não  fomos recomendados a realizar o trajeto por dentro da fenda submersa. Ao descer uma pequena escada na entrada da Gruta, conseguimos ver como ela é estreita (não recomendo para pessoas claustrofóbicas. Realmente o lugar é bem apertado). Para descer, precisamos nos rastejar e é claro, é bem fácil de se sujar. A gruta possui cerca de 30 metros de largura e em torno de um metro de altura, sendo o percurso até o ponto final da gruta, por volta de 10 metros. É bem tranquilo de descer, e vale muito a pena. Realmente é um momento que nos proporciona uma paz de espírito muito forte. Me sinto revigorado!

- Praia Vermelha -

Praia Vermelha.


     Após estarmos frente a frente com uma obra de arte, já estávamos com fome, então a nossa próxima parada seria a praia vermelha, onde iriamos a um restaurante que estava nos esperando com um prato de filé de peixe, acompanhado de purê de batata, fritas e arroz, além de um molho de camarão delicioso. Um prato muito bem servido e muito apetitoso. O restaurante era exatamente de frente para o mar, então já viu o privilégio que tivemos. Almoçamos com a presença de uma brisa refrescante e de frente para um mundo de belezas. Após um satisfatório almoço, fomos direto para o mar, pois o calor estava demais. Logo depois do mergulho, nos preparamos para nosso próximo e último destino, mas logo ocorreram imprevistos.

     Uma curiosidade deste local é o mito que envolve o seu nome, este é dado pelo fato de a 500 anos atrás os navios que se aproximavam do local, avistavam as fogueiras feitas na praia, e essas faziam com que a areia recebesse uma tonalidade avermelhada.   

- Lagoa Verde -


Lagoa Verde.

     Não tivemos a oportunidade de conhecer a Lagoa Verde por mais tempo, pois uma tempestade estava a nossa porta, então simplesmente passamos por ela, mas mesmo com pouco tempo de contato, foi o suficiente para nos deslumbrarmos com aquele lugar. Mas, assim que passamos por ela, a tempestade nos pegou, o mar agitou e a chuva não cessava de maneira alguma. Nossa única saída foi ancorar o barco próximo a uma ilhota, foi um momento bem intenso, mas logo a chuva diminuiu, e para fugirmos dos ventos que estavam muito gelados, decidimos pular em meio ao mar que estava morno e aconchegante como geralmente as águas de Angra dos Reis são. Foi a nossa despedida da Ilha Grande, pois depois que desancoramos a escuna, fomos em direção a Conceição de Jacareí, e de lá era retorno para casa.

 - Obs. final: 

     Assim que tiver oportunidade, farei um mochilão para a Ilha Grande, pois sem dúvidas, quero me aventurar muito mais por aquela natureza. Recomendo a todos essa viagem, pois certamente foi uma das experiências mais gratificantes que já tive. Me sinto honrado de ter tido oportunidade de me inteirar com toda aquela imensidão de maravilhas. E você, o que está esperando? Vá conhecer esse paraíso!

“Não deixe nada além de pegadas, não mate nada a não ser o tempo, não tire nada além de fotografias”.

Viajar e Mochilar

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